FALS

quinta-feira, 9 de junho de 2011

RESUMO - AV2 ( O.S.P ) -SAÚDE E DOENÇA

Resumo

PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia: saúde e doença. In: teoria e prática. Rio de janeiro: Guanabara koogan, 2008.p.30-37.

CONCEITO DE SAÚDE E DE DOENÇA
- pode-se definir saúde como a ausência de doenças e doença é a falta de saúde;
- Segundo a organização mundial de saúde (OMS), saúde é o completo estado de bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doenças.
-Para o dicionário Aurélio saúde é o estado do indivíduo cujas funções orgânicas físicas e mentais se acham em situação normal.
- Saúde também é definida por alguns autores como o resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e o seu meio ambiente.
O que se pode tirar dessas definições refere-se ao fato de que é comum a associação de saúde e doença a indicadores de mortalidade e de morbidade (doença) e não os indicadores de bem-estar como propõem algumas das definições.
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
Se as doenças que acometem as pessoas  não sofressem interferência externa de caráter preventivo ou mesmo curativo sua exposição poderia ser associada a um determinado padrão que poderia  variar de organismo para organismo mas que de um modo geral segue um curso próprio. 

PADRÔES DE PROGRESSÃO DAS DOENÇAS
- evolução aguda – rápida e fatal. Ex. raiva
-evolução aguda, clinicamente evidente e com rápida recuperação na maioria dos casos. Ex.:viroses.
- evolução sem alcançar o limiar clínico – o indivíduo não sabe que estar doente.  Não há sintomas da doença. Ex.:hepatite anictérica.
-evolução crônica, se manifesta e após longo período leva a morte.ex.:doenças cardiovasculares do tipo degenerativas.
- evolução crônica, porém com períodos assintomáticos entre meados de manifestações clinicas. Ex.: afecções psiquiátricas e dermatológicas.



Quadro 1
PADRÕES DE EVOLUÇÃO DAS DOENÇAS.  
Evolução aguda (letal)
Evolução aguda (recuperação)
Evolução sem alcançar o limiar
Evolução crônica (letal)
Evolução crônica(assintomática e manifesta)
A doença se manifesta e leva a morte com rapidez
Manifesta-se e depois ocorre a recuperação
Subclínica pode ocorrer à recuperação sem se manifestar clinicamente 
Doenças degenerativas que após um longo período levam a morte
Oscila crises e estados naturais de não manifestação da doença.
Ex.: raiva
Ex.: viroses
Ex.:hepatite anictérica
Ex. doenças cardíacas degenerativas
Ex.:afecções psiquiátricas e dermatológicas

-

DUAS CONCEPÇÕES DE HISTÓRIA NATURA DA DOENÇA
VISÃO DA DOENÇA A APARTIR DOS SERVIÇOS
Surge a partir de investigações de pacientes que demandaram assistência medica especializada.
Ex.: evolução da febre reumática
VISÃO DA DOENÇA APARTIR DA COMUNIDADE
Nesse tipo de investigação da historia natural da doença existe a procura de casos em uma determinada população de um determinado território. Nesse tipo de investigação são incluídos nos estudos tanto os pacientes que procuraram os serviços, como aqueles que jamais procuram atendimento.
Ex.: evolução da forma indeterminada da doença de chagas.

HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
SUBDIVIDE-SE EM QUATRO SUBFASES
- FASE INCIAL ( OU DE SUSCITIBILIDADE)
Não há doença propriamente dita, porém há condições favoráveis ao aparecimento delas.
-FASE PATOLÓGICA (PRÉ-CLÍNICA)
Ausência de sintomas, porém já existe nessa fase um acometimento Patológico no organismo.
-pode permanecer num estado Subclínica e evoluir para a fase seguinte ou ser levada a cura.
FASE CLÍNICA
Nessa fase da doença ocorre a sua expressão clínica, sintomatológica, podendo variar de leve, mediana, ou grave e de evolução aguda ou crônica, nessa fase o limiar clinico é ultrapassado.
FASE DE INCAPACIDADE RESIDUAL
Essa fase refere-se às seqüelas deixadas por uma determinada enfermidade que não levou a morte do paciente e nem resultou em uma cura total. Nessa fase, a atuação medica refere-se a reabilitação física,mental e social das seqüelas.

QUADRO 2
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
FASE INICIAL
(SUSCETIBILIDADE)
FASE PRÉ-CLÍNICA (PRÉ-PATOLÓGICA)
FASE CLÍNICA
FASE DE INCAPACIDADE RESIDUAL
PREVENÇÃO AOS FATORES DE RISCO.
EXAMES DIAGNÓSTICOS P/ MELHOR TRATAMENTO.
-REDUÇÃO DO RISCO DE MORTE
- REABILITAÇÃO
EX.:DEIXAR DE FUMAR
EX.: EXAMES DE PREVENÇÃO DE ROTINA P/ DIAGNÓTICO ANTECIPADO.
ATUAÇÃO CURATIVA.
- EX.: REABILITAÇÃO DE ACIDENTADOS
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
- MEDIDAS INESPECÍFICAS E ESPECÍFICAS
Medidas inespecíficas, ditas gerais ou amplas tem o objetivo de promover o bem-estar global das pessoas.
- MEDIDAD ESPECÍFICAS
As medidas “específicas” ou restritas incluem as técnicas próprias para lidar com cada dano a saúde em particular.
- PREVENÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA, E TERCEÁRIA
- PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Ações dirigidas para a manutenção da saúde. Trata-se da “prevenção da ocorrência” da fase patológica, OU SEJA, de evitar novos casos de agravos a saúde.
Ex.: educação p/ a saúde e prevenção ambiental.
-PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
As medidas dessa natureza são orientadas p/ o período patológico, enquanto a  doença ainda esta progredindo,seja em fase subclinica, seja de evolução clinicamente aparente.
A atuação, nesse caso, visa à prevenção de reincidências, de complicações, de seqüelas e de óbito.

-PREVENÇÃO TERCEÁRIA
Neste caso, as ações se dirigem a fase final do processo e visam desenvolver a capacidade residual do individuo, cujo potencial funcional foi reduzido pela doença.
-a idéia central dessa etapa da prevenção é diminuir a invalidez e promover o ajustamento do paciente as condições irremediáveis, o que estende o conceito de prevenção ao campo da reabilitação.

QUADRO 3 – CINCO NÍVEIS DE PREVENÇÃO
1º NÍVEL
2ºNÍVEL
3ºNÍVEL
4ºNÍVEL
5º NÍVEL
PROMOÇÃO DA SAÚDE
PROTEÇÃO ESPECÍFICA
DIAGNÓSTICO PRECOCE E TRATRAMENTO OPORTUNO
LIMITAÇÃO DO DANO
REABILITAÇÃO
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
PREVENÇÃO TERCEÁRIA
PREVENÇÃO
PREVENÇÃO
CURA
CURA
REABILITAÇÃO
PROMOÇÃO
PROTEÇÃO
RECUPERAÇÃO
RECUPERAÇÃO
RECUPERAÇÃO

1 – NÍVEL _ PROMOÇÃO DA SÁUDE
Educação sanitária
Alimentação e nutrição
Habitação adequada
Emprego e salários adequados
Condições p/ satisfação das necessidades básicas do indivíduo

2º NÍVEL: PROTEÇÃO ESPECÍFICA
-vacinação
-exame pré-natal
-quimioprofilaxia
-fluoretação da água
-eliminação de exposição a agentes carcinogênicos
3º NÍVEL: DIAGNÓSTICO PRECOCE E TRATAMENTO OPORTUNO
-rastreamento
-exame periódico de saúde
-procura de casos
-intervenção médica ou cirúrgicas precoces
4º NÍVEL; LIMITAÇÃO DO DANO
- acesso facilitado a serviços de saúde.
-tratamento médico ou cirúrgico adequados
-hospitalização em função das necessidades
5º NÍVEL; REABILITAÇÃO
-terapia ocupacional
-treinamento do deficiente
-melhores condições de trabalho para o deficiente
-educação do público para aceitação do deficiente
-próteses e órteses








2 comentários:

  1. Gostei desta postagem!
    Trazer as outras disciplinas para o BLOG.
    Compartilhar informações.
    .
    Valeu

    ResponderExcluir
  2. Adorei Michel não sabia por onde começar a estudar tava perdidinha em OSP, mas agora eu já sei!! rsrsrs Logo achei o livro muito sacal de ler!!

    OBG!!

    ResponderExcluir