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terça-feira, 17 de maio de 2011

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 Ficha-resumo 8


Prescrição de medicamentos de uso sistêmico por cirurgiões-dentistas, clínicos gerais.
Castilho, Lia S, Paixão, Helena H. and Perini, Edson Prescrição de medicamentos de uso sistêmico por cirurgiões-dentistas, clínicos gerais. Rev. Saúde Pública, Jun 1999, vol.33, no.3, p.287-294. <http;//www.scielo.com.br>
“medicamento, desde a sua fabricação até o seu consumo, vem sendo objeto de preocupação e de inúmeras pesquisas realizadas mundialmente. A maior parte desses estudos relaciona-se à prática médica, enfatizando questões sobre reações adversas, aumento e disseminação de resistência bacteriana a antibióticos, padrão de prescrição de medicamentos e influência da propaganda de medicamentos na prescrição.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.288)
“Em odontologia, pouco tem sido analisado sobre a inserção do medicamento na prática clínica. Um dos motivos desta pequena produção científica talvez seja devido ao consenso geral de que o dentista prescreve pouco e o seu arsenal de drogas é restrito. No caso de medicamentos para uso sistêmico incluem-se, principalmente, os antimicrobianos e analgésicos/antiinflamatórios não-esteróides.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.288)
“O cirurgião-dentista possui o dever legal de conhecer os aspectos farmacológicos dos medicamentos que prescreve, devendo também analisar criticamente a bibliografia oferecida pelos laboratórios farmacêuticos, bem como os resultados apresentados pelo uso do medicamento. Outro dever do cirurgião-dentista é a elaboração das fichas clínicas e sua conservação em arquivo.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.288)
“O objetivo do presente estudo é conhecer a prevalência de medicamentos mais prescritos em um período de tempo determinado e o atual estágio de informação do cirurgião-dentista a respeito de farmacologia.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.289)
“As prescrições não são realizadas por escrito, para todos os pacientes, por 25,79% dos profissionais. Este resultado está de acordo com a literatura consultada. Segundo Chiari7(l992), na cidade de Belo Horizonte-MG é relativamente baixo o percentual de cirurgiões-dentistas que indica medicação oralmente (5,94%). Os estudantes do último semestre, 5% da Faculdade de Odontologia da UFMG (FOUFMG) e 13,9% do Departamento de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (DOPUC-MG), costumam prescrever desta forma4. Murrah et al. (1987) observaram que cerca de 17% das prescrições eram verbais. .”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.291)
“A classe dos antimicrobianos foi a mais prescrita, estando este resultado de acordo com o obtido por Ciancio et al. (1989). A amoxicilina (mais freqüentemente citada pelo nome comercial) foi o antimicrobiano mais prescrito, no presente estudo. Os dentistas entrevistados por Battellino e Bennun2 (1993) apontaram a ampicilina como o antibiótico preferido e aqueles entrevistados por Yohkoh20 (1995) indicavam mais freqüentemente o cefaclor e cefalexin. A eritromicina contribuiu com apenas 2,5% das citações.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.292)
“A segunda classe terapêutica mais indicada foi a dos antiiflamatórios não-esteróides, confirmando o segundo lugar na lista de categorias farmacêuticas mais vendidas no Brasil em 19921.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.292)
“Os diclofenacos de sódio e potássio foram mais freqüentemente prescritos e este resultado é semelhante ao descrito na literatura consultada1,6. A notável preferência dos cirurgiões-dentistas pesquisados pelos diclofenacos poderia ser justificada pelo seu suposto efeito analgésico superior, mas esta explicação não encontra fundamentação no presente estudo, uma vez que, em sua grande maioria, os diclofenacos foram citados por dois nomes comerciais, sendo baixíssima a contribuição do nome genérico destes medicamentos ou mesmo de marcas comerciais alternativas. Considerando-se que cirurgiões-dentistas e médicos estão voltados para as informações sobre farmacologia obtidas nos cursos de graduação e extensão, pode-se inferir que a origem deste hábito de prescrição seria a informação obtida na graduação, visto que a participação em cursos de reciclagem em farmacologia não apareceu como modificador importante na amostra. Quanto à preferência pelos já citados nomes comerciais, uma explicação provável poderia ser a qualidade da propaganda realizada por um dos laboratórios farmacêuticos.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.292)
“O terceiro lugar na lista de classes farmacológicas mais prescritas foram os analgésicos, sendo a dipirona sódica o princípio ativo mais prescrito. Neste caso, os resultados estão de acordo com aqueles obtidos por Maia e Valença (1994). O paracetamol ocupa o segundo lugar, contribuindo com apenas 14,3% do total. Por não possuir efeitos irritantes sobre o trato gastrointestinal e não estar relacionado a efeitos adversos graves, a não ser em casos de superdosagens, chama a atenção a sua baixa prevalência de indicações.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.293)
“Os dentistas entrevistados por Battellino e Bennun2 (1993) sugerem, entre outros tópicos, o melhoramento do nível acadêmico na carreira odontológica como forma de promover a qualidade da abordagem terapêutica medicamentosa pelo profissional.”(CASTILHO,L.S.P;HELENA,H AND PERINI,E;1999.pp.293)










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