Ficha-resumo 7
Disfunções orofaciais nos pacientes em tratamento ortodôntico
Maciel, Cristina Tostes Vieira et al. Disfunções orofaciais nos pacientes em tratamento ortodôntico. Rev. CEFAC, Dez 2006, vol.8, no.4, p.456-466.http://www.scielo.com.br
“As estruturas rígidas e moles da cavidade oral e das regiões circunvizinhas desempenham um importante papel em funções vitais como a sucção, mastigação, deglutição, respiração, além da articulação da fala.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“Alterações de fala e de deglutição também se encontram intimamente relacionadas com alguns casos de má oclusão. Assim sendo, se a língua permanece entre os dentes, esses não poderão atingir a posição de contato, levando a más oclusões dentárias, em especial, protrusão dos incisivos, má oclusão Classe II de Angle e mordida aberta anterior.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“A associação entre ortodontistas e fonoaudiólogos é de suma importância, visto que a função dos aparelhos ortodônticos ou ortopédicos limita-se a alterar a disposição dos arcos dentários, enquanto a terapia fonoaudiológica irá trabalhar a reabilitação miofuncional orofacial, que visa a modificação das funções orofaciais alteradas.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“O objetivo dessa pesquisa é identificar as alterações nas funções orofaciais e suas implicações em pacientes da clínica ortodôntica da Universidade Federal de Juiz de Fora.” (MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“Na avaliação da função respiratória dos examinados, foi constatado que 57% apresentaram respiração nasal, seguida por 26% com respiração oronasal e 17% com respiração oral.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“Compreender os aspectos morfofisiológicos do sistema estomatognático e suas patologias, assim como entender os estágios da dentição e sua classificação quanto ao tipo de oclusão torna-se relevante ao se analisar os resultados da pesquisa feita com os pacientes da Universidade Federal de Juiz de Fora, uma vez que se percebe uma relação entre funções orofaciais e articulação da fala com suas alterações.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“Assim sendo é importante destacar o papel do fonoaudiólogo em adequar a função da fala para que não haja caso de recidiva, devido a um mau posicionamento de língua pós-tratamento ortodôntico. Salienta-se, pois, neste estudo, os padrões de deglutição, mastigação e respiração relacionados com a má oclusão e suas conseqüências nas alterações da fala.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“Um resultado previsível e corroborado pelo presente estudo foi a relação existente entre os hábitos parafuncionais com a deglutição atípica. Foi relatado que esses hábitos podem fazer com que a língua fique na transição entre a margem gengival e os dentes, deformando a arcada dentária, alterando a fala da criança, podendo, ainda, se tornar um apoio ou refúgio em situações de frustrações emocionais. É tão grande a importância deste padrão de deglutição no desenvolvimento das más oclusões que foi preconizado a remoção do hábito em primeiro lugar, antes da reeducação do paciente quanto ao modo de deglutir.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“A literatura ressalta que, quando a criança passa a respirar pela boca, a língua posiciona-se diferentemente na cavidade oral para a proteção das tonsilas palatinas e orofaringe, deixando assim de cumprir o seu papel modelador dos arcos dentários. Com isso, a língua estimulará o crescimento maxilar anteriormente levando a uma Classe II, inibindo também o crescimento mandibular. Além disso, poderá se interpor entre as arcadas, mantendo-as afastadas, causando uma mordida aberta anterior. ”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“Em decorrência do que foi discutido anteriormente, é essencial a interação entre ortodontistas e fonoaudiólogos e uma intervenção para se alcançar uma reabilitação significativa do paciente, inclusive nas fases iniciais do tratamento.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
“A função da mastigação é influenciada pelo tempo de duração do tratamento ortodôntico, se apresentando mais alterada nos indivíduos que estavam em tratamento há menos tempo.”(MACIEL,C.T.V et al.2006,PP.)
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