FICHA-RESUMO 1
Saúde bucal do idoso: por uma política inclusiva
MELLO, A. L. S. F.; ERDMANN, A. L. e CAETANO, J. C. Saúde bucal do idoso: por uma política inclusiva. Texto contexto - enferm. [online]. 2008, vol.17, n.4, pp. 696-704.disponível em:<http://www.scielo.com.br
“Apesar da retórica, o acesso dos idosos brasileiros ao oportuno e integral atendimento em saúde bucal, provido pelo Estado, frustra-se ante a insuficiência da cobertura necessária, que deriva das respectivas condições epidemiológicas associadas ao seu nível de renda. Os serviços públicos mostram-se despreparados para suprir esta demanda, juridicamente assegurada, mas não traduzida em acessibilidade e resolutividade. O acesso universal aos serviços, a garantia de tratamentos, o efetivo atendimento à saúde bucal do idoso, ainda faz parte das nossas utopias, embora surjam fatos novos que renovam esperanças, como equipes de saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família (ESF), a implantação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e outras iniciativas que constituem boas práticas no âmbito de alguns Municípios e Estados". (MELLO, ERDMANN e CAETANO,2008,pag.697).
“Pesquisas mostram que durante o envelhecimento, a visita ao médico aumenta, enquanto ao dentista diminui. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar de 1998, o padrão de uso dos serviços médicos se diferencia do odontológico. Enquanto 73,3% dos idosos haviam realizado consulta médica nos últimos 12 meses, dos quais 37,8% consultaram uma ou duas vezes, 6,9% de deles nunca haviam consultado o dentista. Dos que consultaram 79% o fez há mais de três anos”. (MELLO, ERDMANN e CAETANO, 2008,pag.697).
“Este artigo teve como objetivo relacionar o significado do cuidado à saúde bucal do idoso institucionalizado a questões referentes às políticas públicas, no atual contexto de implementação de políticas de saúde e saúde bucal em nosso país.”( (MELLO, ERDMANN e CAETANO,2008,pag.698).
“Durante muitos anos, a assistência odontológica pública no Brasil organizou-se de forma paralela e afastada da estruturação dos demais serviços que compunham o sistema de saúde. Atualmente, há uma tendência à integração conjugando a saúde bucal aos demais saberes e práticas, na perspectiva da promoção e vigilância em saúde, numa abordagem familiar e de defesa da vida e da dignidade humana”. (MELLO, ERDMANN e CAETANO,2008,pag.699).
“O novo modelo assistencial em saúde melhor reflete as aspirações da coletividade, que não mais aceita a doença bucal como algo natural e inexorável. O anseio por respostas às suas claras necessidades põe em cheque a histórica insuficiência de intervenção do Estado nos domínios da saúde bucal, insuficiência, tanto normativa como na oferta/produção de serviços. As novas abordagens desvelam carências administrativas e gerenciais no âmbito local, e constituem desafio aos trabalhadores da saúde para a plena e coordenada condução das questões de saúde bucal, de modo a implantar uma Política Nacional de Saúde Bucal inclusiva dos idosos que, excluídos no passado, conseguem agora expressar melhor seus anseios”. (MELLO, ERDMANN e CAETANO,2008,pag.700).
“O cuidado à saúde bucal também é condicionado por aspectos relacionados à disponibilidade e aplicação dos recursos financeiros. Constata-se que as pessoas de baixa renda têm o acesso dificultado aos serviços de saúde e à informação. Os participantes relatam que há, de modo geral, uma diferenciação na acessibilidade e na abordagem do cuidado à saúde bucal, segundo o nível sócio-econômico do idoso”.(MELLO, ERDMANN e CAETANO,2008,pag.700)
“O quadro normativo, a alocação de recursos financeiros e a estrutura, operação, cobertura, e abrangência dos serviços de saúde públicos são variáveis que possibilitam analisar e compreender o estado atual da condição de saúde bucal da população. Apesar das garantias legais, crescimento dos recursos e expansão dos serviços, a implementação de políticas públicas que incluam o idoso nas ações de saúde bucal é ainda incipiente para assegurar o comprometimento ativo público-estatal-governamental com o idoso e sua saúde e, assim, transformar a realidade epidemiológica. A insuficiência de respostas públicas às amplas necessidades odontológicas dos idosos compõe um quadro de latente insatisfação, ainda que não ocorram manifestações coletivas dos envolvidos.” (MELLO, ERDMANN e CAETANO,2008, pag.703).
Legal. Gostei do que li.
ResponderExcluirBEm, não está na área de genética, né?
E outro problema é que poderia ser mais resumido seu fichamento.
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Mas vamos em frente.
Parabéns.